As batalhas épicas estão de volta na rubrica Será?. E a pergunta deste mês é:
Será que os clássicos ainda vencem guerras com ‘os livros do momento’?
Clássicos vs Best-sellers
Esta batalha surgiu-me quando estava a ler uma crónica da Inês Pedrosa que falava exactamente da falta de qualidade dos livros publicados pelas editoras e da dificuldade de se encontrar um dos clássicos numa livraria normal, portanto, decidi discutir também um pouco sobre este assunto que me deixa um tanto revoltada.
Hoje em dia é raro encontrar numa livraria livros publicados
há dez anos, por isso imaginem aqueles que foram publicados há cem, ou há mil…
Contudo ainda há quem prefira as histórias antigas, antigas por terem sido
escritas há muito
Porém, o que os leitores não sabem é que são constantemente influenciados
naquilo que lêem. Quando chega o momento de escolher um livro para ler, quando
estamos, por exemplo, numa livraria, temos tendência a escolher aquilo que nos
é familiar, aquele livro que dá o anúncio na TV ou aquele autor que só escreve best-sellers, ou autobiografia da atriz
que teve cancro e que agora anda por ai a fazer obras de caridade só para ficar
bem na fotografia. Não quero com isto, dizer que estes livros não prestam, pelo
menos no geral, porque há alguns que até mete impressão ler, porque é a mesma
história repetida vezes sem conta…
Quanto aos clássicos, são mais difíceis de encontrar que o
Harry Potter debaixo do seu Manto da Invisibilidade (desculpem-me a comparação).
Porquê? Ai está a pergunta! Os editores preferem publicar as novidades, o que
vem de fora, o que está nos Tops de vendas de todo o mundo. E quando se fala
novas edições dos livros que percorreram gerações, dos livros que foram lidos
no tempo dos nossos avós, e dos nossos pais depois deles… nada. E não são só os
editores que têm de ser repreendidos, são também os leitores que têm medo de
arriscar. Como é que é possível, alguém ter medo de que um clássico escrito por
um velho qualquer, que já foi desta para melhor há muito tempo, se torne no seu
livro favorito? Eu não tenho, e acho que ninguém deveria ter.
Os clássicos podem não ganhar a batalha dos ‘livros mais
vendidos’, mas ganham a guerra, porque qualquer pessoa que leia um clássico,
não o guarda só na estante, guarda-o no coração.
Boas leituras!
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