terça-feira, 5 de agosto de 2014

Convergente

Uma Escolha
Pode transformar-te
Um Escolha
Pode destruir-te

A TUA ESCOLHA VAI DEFINIR-TE

Autor: Veronica Roth
Editora: Porto Editora
Páginas: 410

Classificação: 7/10

Sinopse:

A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída – dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas. Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama. Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor. 
Convergente encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores, revelando os segredos do universo Divergente.


Crítica:

Este é, sem dúvida, o final avassalador da trilogia Divergente. O livro pelo qual todos os fãs esperavam - talvez sem tanta ansiedade depois do falhanço que foi Insurgente, o segundo livro da série, que deitou abaixo toda a acção do fantástico começo - Convergente prometia assim trazer de volta toda a acção e ate loucura de Divergente, com uma guerra a aproximar se, o futuro está nas mãos dos nossos heróis, sim no plural, porque estranhamente a autora decidiu escrever o livro a meias, do ponto de vista das duas personagens principais, será que poderia ser mais óbvio? Talvez sim. 
Esta é uma autora jovem, que logo na sua estreia na literatura atingiu um sucesso mundial, e viu logo o seu primeiro livro no cinema e fãs a amarem o típico rapazinho fofinho que todos os livros têm. Veronica Roth chegou até a escrever diversos capítulos dos dois primeiros livros do ponto de vista de Tobias. Na conclusão da trilogia a história é parte contada por ele, coisa que talvez os fãs adoraram, mas a mim, pessoa mais experiente naquilo que toca a leituras, não achei lá muito boa ideia. Dei por mim a ler sem sequer saber qual dos dois estava a narrar a acção no momento, isso e sem duvida algo péssimo. Este tipo de narrativa é mais frequente em livros onde os personagens se encontram em lugares distantes, e existem focos de acção em personagens que nunca se encontraram na vida, e nesse caso se o autor for bom a coisa até corre bem...
Mas entrando agora na parte da história, alargando-me um pouco já que se trata do fim da trilogia. Depois de um começo extraordinário que teve Divergente, que foi um livro que na minha opinião conseguiu prender os leitores do inicio ao fim, passando por Insurgente do qual já nem me lembro bem o que aconteceu devido aos seus longos capítulos onde não acontecia nada, e onde parecia cada vez mais evidente que aquele casal não era para durar, Convergente mostrou ainda mais a instabilidade da saga. Talvez se deva a inexperiência da autora, ou talvez seja de mim, mas este livro está bastante confuso, existem partes onde a escritora parece fazer uma reflexão moral sobre a própria vida de maneira extensa de mais ou inadequada à historia, as vezes até quebrando a acção. Contudo, nalgumas partes a instabilidade de Tris, a protagonista, reflecte completamente o comportamento de uma típica adolescente de 16 anos, apesar de as vezes isso ser exagerado, pois a personagens demonstra vários defeitos sobre os quais reflecte por vezes de maneira demasiado madura. 
A acção deste último livro foi vivida de forma estranha e instável, uma das coisa que mais sustentava a historia que era aquele romance entre Tris e Tobias desvaneceu se bastante, confesso ate que as vezes chegava a odiar a protagonista por ser tão instável e estar a estragar aquela relação. Mas de uma coisa não haja duvida, e um livro que nos prende e nos deixa "com o coração nas mãos" de vez em quando. 
É impossível começar a ler e não querer chegar ao fim. E o fim, o tão esperado fim, é avassalador. 

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