quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Uma Viajante

Chego num dia e parto no outro

   Passados os enormes portões negros, por entre a relva há um caminho em pedras claras como a areia da praia, o jardim é rodeado de relva. Faz-me lembrar os bonitos campos de Beauxbatons cheios de flores de todas as cores e o céu azul, era lindo, sinto saudades desses tempos...
   Uau! A casa é mesmo linda, quase já nem me lembrava dela, desde a última vez que cá tive já se passaram longos anos. Mas a casa está igual, o mesmo tom amarelo dourado e as portadas realçadas a vermelho.
   -Vamos Dori! Estamos quase lá!
   -Sim senhora, a Dori está mesmo atrás de si - guinchou a pequena elfa, apesar de não estar a carregar nada os seus pés pequeninos tornavam-na muito lenta e ela não me conseguia acompanhar.
   Quando acabei de pousar todas as coisas e pus a minha linda coruja dourada a voar e sentei-me, observei a sala, tudo o que lá havia parecia intocado e mágico, todas as peças pareciam valor uma fortuna, a Dori preparava o jantar enquanto arrumava tudo. Entretanto chega uma coruja, é tão branca como a neve que cai no Inverno, trás um pequeno rolinho de pergaminho atado a uma das patas com uma fita vermelha.
   A coruja parou no parapeito da janela, eu levantei-me e fui até ela, era muito macia, desenrolhei-lhe o pergaminho da pata e ela voou em direcção ao céu já escuro da noite.
   Era a reposta à minha carta, fui aceite como professora de História da Magia da nova escola para feiticeiros e pelos vistos faltam poucos dias para o embarque.

   Apareço bem perto da estação de comboios, está cheia de gente e não sei para onde ir, tento ter cuidado por que mesmo atrás de mim a Dori carrega a minha coruja debaixo de um Manto da Invisibilidade, na mão levo apenas um mala redonda com as minhas iniciais, espero não dar muito nas vistas, vestido preto não muito comprido e umas sabrinas, roupa típica de uma Muggle qualquer.  
   Um monte de crianças fazem fila na bilheteira, cheira a magia no ar, devem estar tão ansiosas por chegar à escola, caminho mais um pouco até lá chegar e quando dou por isso é a minha vez de pedir o bilhete, apresento a carta que recebi há uns dia e homem da bilheteira dá-me um bilhete, é azul e dourado, as cores da minha antiga escola…
   Sigo os pequenos que já se despediram dos pais e vejo que todos se dirigem a umas escadas ao fundo da estação, tem um sinal de avariado e indica que não deve passar ninguém, mas nenhum feiticeiro liga àquelas regras e todos sobem.
   Já está um monte de gente na plataforma, todos feiticeiros, professores e alunos. Uma mulher, ainda nova de cabelos louros indica os lugares aos alunos. Ouço um guincho. Ah!
   -Desculpa Dori! Desculpa! – esqueci-me de lhe tirar o manto e ela já devia estar a sufocar – Ai! Desculpa! Ele mordeu-te?
   -Sim, mas não foi nada senhora.
   -Tens a certeza? Ele está cada vez pior! Quieto, Raindrop!
Pego na varinha e ponho a gaiola a voar, aqui já não há problema em usar magia, levito também a minha mala e ponho lá dentro o manto.
  Olho em volta à procura de algum professor e então vejo. É lindo, os cabelos castanhos encaracolados da mesma cor dos olhos brilhantes, fico enfeitiçada a olhar para ele, mas então ele também olha e vem na minha direcção! E agora não sei o que fazer!


Esta história faz parte da Escola de Magia e Feitiçaria Portuguesa
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E aproveita para continuar a ler...